quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ele



 Abri os olhos, ainda estava meio tonto por causa da bebedeira na noite anterior. Minha cabeça girava. Eu cobria os olhos diante os exuberantes e elegantes raios do sol que entrava sem permissão pela brecha da cortina, como vi que o sol não iria parar de insistir cedi a aquela guerra.

Sentei na cama esfregando os olhos e olhando toda a extensão do meu quarto, com aquelas poltronas e cômodas que teimavam se duplicar a medida que eu as encarava. Senti aquela sensação excitante de que logo sairia dali e exploraria um novo lugar, cultura e, claro, mulheres. Seria difícil não ter isso por algumas semanas, mas já tinha me resolvido iria viajar hoje.

Peguei minha roupa e fui para o banheiro, ainda meio tonto e cambaleando, olhei a figura que reluzia no espelho, e era quase assustador. Um homem de 28 anos, com a barba por fazer, olhos verdes que denunciavam o estado de cansaço, mas ainda continuava o mesmo Dustin de sempre, pensando em apenas uma coisa: MULHERES. Dei um sorrisinho malicioso para concluir e afirmar tal pensamento.

Tomei um banho rápido e gelado para terminar de acordar. Vesti-me pegando minha mala e descendo em direção a porta da sala, mas antes passei no quarto dos meus pais para ver se eles ainda estariam dormindo e sim lá estavam eles dormindo, sem desconfiar ou saber, de nada. Meu coração ficou apertado, mas seria bom fugir de casa por uns tempos.

Logo estava no aeroporto a caminho da minha nova vida, de curtição e descanso. Sem meus pais por perto para me dizer o que fazer. Eu estaria livre.
*
Joguei-me na cama macia e por um momento minha cabeça sibilou tão aguda que se eu não soubesse que aquilo era efeito da noite anterior teria achado que alguém assoviou no meu ouvido, fechei os olhos tentando me recordar da minha ultima noite com Megan, minha ex namorada a mulher que eu amei ao ponto de dar a minha vida por ela.

- Oi meu amor – falei vendo o sorriso se formar em seu rosto, era notável que ela gostava como isso soava.

- Oi príncipe – ela respondeu.

- Isso é para você – entreguei a ela o bouquet de tulipas rosa, era sua preferida.

- Obrigada meu amor – ela pegou com delicadeza e me deu um selinho – mas esqueci de alguma data comemorativa? – sua expressão agora estava curiosa e preocupada

- Não princesa, eu apenas as vi e lembrei-me de você

Ela sorriu, aquele sorriso que era de me fazer amolecer todo, aqueles olhos verdes olhando para mim como se eu fosse o centro do seu mundo, como se ela me amasse. Fomos para nossa casa, sim a gente morava junto, subimos fomos tomar banho juntos. Eu a amava e isso era fato, todo mundo sabia, dava para notar a felicidade em meu rosto, ela me fazia bem.

- Princesa vamos sair essa noite? – perguntei enrolando a toalha na altura da cintura.

- Amor não dá, essa noite terei que ficar com minha mãe no hospital.

- Sua mãe esta no hospital? O que ela tem? – perguntei preocupado e surpreso

- Esta bem, é só a asma que não a deixa em paz. Ela perdeu o ar, mas agora esta bem, apenas de observação

- Tudo bem Meg – sorri a pegando pela cintura achegando-a mim – eu te amo – sussurrei em seu ouvido e senti uma ponta de tensão da parte dela

- Eu também te amo amor.

Aquelas palavras me davam tal segurança que eu era capaz de depositar toda minha confiança em suas palavras. A ponto de ficar pendurado em uma corda se tudo dependesse daquilo, daquele momento, de nós.

- Já que você vai ficar com sua mãe vou passar a noite na casa dos meus pais, sabe como é né? Tem um tempo que não vejo minha velha e meu velho.

- Ta certo – seu sorriso era tão angelical, que não pude parar de olhá-la.

As vezes eu ficava assustado pelo o que sentia por Meg. Eu a venerava em todo momento, talvez tivesse encontrado nela uma chance de ser feliz, uma esperança de que minha vida não era apenas o trabalho e a faculdade, que ela era a melhor coisa que já me aconteceu.

Colocamos uma roupa e eu a deixei no hospital. Fui direto para a casa dos meus pais,entrei com cuidado pois queria fazer surpresa. Vi minha mãe cuidadosa na cozinha, como sempre, e meu pai a importunando atrás de comida, ri diante aquela cena que nunca mudara desde que eu era garotinho.

- Vocês não mudam né? – ri diante o pulo que a senhora Tess, minha mãe.

- Pode apostar que não. – meu pai falou e minha mãe revirou os olhos rindo.

As horas se passaram, conversamos, joguei xadrez e pôquer com meu pai, perdi duas vezes e ganhei uma vez no xadrez. Minha mãe já abria a boca de sono, o que já era de se esperar a essa hora, eles foram deitar e eu resolvi ver televisão. “estranho meu celular não tocou ate agora” pensei comigo mesmo, palpei os bolsos da bermuda e não tinha nada, me sentei franzindo o cenho.

- Não é possível que eu tenha o deixado em casa – revirei os olhos frustrado com a idéia de voltar em casa para pegar a droga do celular.

Entrei no carro e dirigi 15 km até nossa casa, abri a porta de vaga e a luz da cozinha estava acesa, que estranho eu tinha apagado... Só se Meg foi lá antes de sair, dei de ombros, e fui ate o banheiro onde provavelmente meu celular se encontrava. Fui sem hesitar na esperança achá-lo e ir dormir, mas quando entrei vi uma calcinha rosa jogada ali em cima. Eu a peguei devia ser a calcinha que ela deixou jogada quando tomamos banho, depois de passar pelo corredor e está de frente para a porta do nosso quarto, ouvi-a gemer, era ela. Aquele gemido era só ela que fazia. 
Entrei sem hesitar e pensando no pior, meus olhos não podiam estar vendo aquilo e minha mente não queria acreditar nem aceitar no que estava acontecendo. Megan estava com Tob meu melhor amigo, ela estava de quatro e ele penetrando nela. Ela olhou assustada pra mim. Pendi para frente encostando-me na ombreira da porta para me apoiar, senão teria sido um tombo em tanto.

- Dustin deixe-me explicar. – ela falou cambaleando desnudada e vinha em minha direção.

- Não precisa Megan, já entendi tudo – eu não podia olhar nos seus olhos, eu sentia vergonha por mim e por ela.

- Não, por favor – ela segurou meu braço

- O que você quer me falar? O que estava obvio? Que você estava me traindo com o imbecil do meu melhor amigo? Que mentiu pra mim? Que inventou uma desculpa para eu sair de casa? Que esses 3 anos não passou de uma mentira? Não, obrigada eu já sei disso tudo. – meus olhos estavam falando por si próprio, conforme meu mundo caía por água abaixo.

Ela tinha lágrimas formando nos olhos, mas não falou nada, apenas tapou os seios baixou a cabeça e começou a chorar. Eu me virei, saí andando chorando e pensando que eu havia sido usado esses anos todos.

Sentei-me no carro soquei o volante com toda minha força e encostei a cabeça no assento e ali me perdi em lágrimas que vinham se dó. Respirei fundo tentando controlar enfim dirigi ate o primeiro bar que encontrei, enchi a cara e foi ali que prometi a mim mesmo que nunca me entregaria a outra mulher na minha vida, que apenas as usaria e quando não servissem mais as descartaria.
*

Abri novamente os olhos, não gostava de me lembrar disso e muito menos de Megan. Levantei-me e fui andar pela cidade.

Saí em busca de novos ares, novas distrações. Andei por um tempo, vi belas moças, parte de mim ainda estava um pouco ligado com Megan porem outra só queria se divertir. Me sentei de costas a uma fonte onde as pessoas jogavam moedas na idéia de que seriam abençoadas com a realização de seus desejos a algum dia, que idéia fútil. Meus pensamentos eram ignorantes eu não acreditava mais em nada e muito menos no amor. Minhas mãos estavam cobrindo meu rosto eu podia sentir o ar quente da minha respiração vir contra minhas bochechas. Suspirei. Ergui a cabeça e pude notar que havia uma mulher linda ao meu lado, tinha uma boca perfeita, e de belos olhos brilhantes que não tinham foco. Decidi começar.

- O dia está tão estranho hoje né? – falei olhando para frente.

- Sim, e como está. – ela suspirou.

- Parece que as lembranças decidiram aparecer hoje – franzi a testa.

- Sei como é eles deveriam ficar nos lugares obscuros de onde não deveria ser permitido saírem.

- Nossa que profundo! Mas concordo com você – me virei para olhá-la melhor – Prazer Dustin – estendi a mão.

- Amberly – ela tocou minhas mãos, sua mão era tão macia e delicada. 



*********
Continua. . .  Realmente, epero que estejam gostando. L
Bjkoas

4 comentários:

  1. Gostar? EU AMEEEEI ❤️
    Dustin tem uma história triste de traição, uma pena :/
    E q coisa mais profunda o q a Amberly falou. Prevejo bons momentos entre esses dois *O* haha.

    Beijão minha amora ❤️
    Até mais. E poste logo ;)

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  2. Aila, como você pode ter dito que isso não é bom o suficiente para um livro? Você, por acaso, tem probleminha? Mulher, isso é tão bom - se não melhor - que qualquer romance já publicado. Só acho que você deveria continuar com a ideia de livro, porque é uma historia em tanto!
    Mas, então, eu gostei bastante do Dustin. Quando você tava fazendo os personagens eu achei que ele seria do tipo " tô nem ai e foda-se", daqueles homens que não querem nada além de sexo, mas agora vejo o motivo e, cara, tô amando muito ele. #teamdustin

    Poste logo e, eu juro, vou comentar certinho de agora em diante.

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  3. Megan filha da puta. Espera que arda no inferno e.e HUAHAUHAUHA'
    Ai cara, e eu concordo com a thaysa, acho que você deveria mesmo transformar isso sim em um livro, porque tá mto top essa história! Resumindo: eu amei.
    Hm, ele reparou na mão dela... Awn, vamos ver o que dá esses dois :3

    Poste logo Aila <3. Desculpa mesmo a demora :c
    beijos,

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  4. Oii Ailinha <33
    Me desculpe a demora viu??Eu amei o capítulo,coitado do Dustin foi traído :/
    Mas eu amei sério ❤️
    Poste logo bjs

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