domingo, 23 de novembro de 2014

Jake






À medida que a noite caía  Jake sendo um perfeito cavalheiro tudo estava agradável e romântico. Ele tinha a mão pousada, agora, em meu ombro apontando as estrelas com a outra mão. Podia ouvir sua voz, mas ao mesmo tempo não o compreendia. Na verdade só ouvi a seguinte frase: " nenhuma delas se compara a você", Jake era fofo na maior parte do tempo. 

*****

Já eram quase sete da manhã quando senti um vento forte beijar meu rosto, não foi muito, mas o suficiente para me despertar. Virei-me e vi Jake ainda adormecido, na verdade parecia um gatinho dormindo de tão fofo. Suspirei piscando os olhos algumas vezes antes de levantar. Arrastei-me ate o banheiro indo direto para o chuveiro, meu corpo se sentiu desconfortável com o toque gelado da água fazendo o mesmo ter um calafrio involuntariamente.
Não demorou muito para eu despertar e sair do banheiro, eu ja estava enrolada na toalha de frente para a cômoda, quando senti uma pressão na parte de trás do meu corpo, tinha um par de mãos envoltas á minha cintura e o cheiro de loção de barbear foi de encontro com meu nariz. Não me preocupei, pois sabia quem era. 

- Preciso dormir aqui mais vezes. - sua voz falhada e sexy.
 


- Ah é e por quê? - me virei para ele.


- Voltar para o quarto e ver você desse jeito, - ele me olhou de cima a baixo- realmente vale a pena.


Meus lábios se curvaram formando um sorriso malicioso, o que provavelmente despertou mais abruptamente sua atenção em mim. O espaço que nos separava já não existia mais, seu corpo estava rígido sob o meu eu estava respirando o mesmo ar de Jake. Nossos olhos se encontraram por tempo suficiente para eu entender sua  mensagem, que mais parecia um código. Suas mãos passavam por minhas costas, enquanto uma subia parando em minha nuca a outra tomava o sentido oposto parando exatamente um palmo da minha bunda. Pude sentir uma energia subir em minha espinha. Suspirei. 

- Jake!? - minha voz falhara. - Preciso ir!

- Fica mais um pouco. 

- Não posso, tenho que trabalhar. 

- Eu te levo depois Amby. 

- NÃO! - minha voz soou mais nervosa que eu desejava. - quero dizer, não vou te incomodar por algo que posso fazer eu mesma. 

Sem mais delongas eu me virei, mas o senti segurar meu cotovelo e me girar. Lançando um beijo demorado em meus lábios. 

- Agora sim, bom trabalho amor. 

Sorri e sai. 

A rua estava bem movimentada, mas não demorou muito e peguei o ônibus. Me acomodei relaxando meus músculos ainda energizados e joguei a cabeça para trás, foi quando meus pensamentos vieram sem ao menos me pedir licença, "NÃO É JUSTO COM JAKE" era só isso que me vinha, eu sabia que não era, mas não ter Jake significa não ter mais nada e muito menos uma idéia de família. Depois da morte da minha mãe eu me achei perdida dentro de mim mesma, e pior eu estava com um vazio horrível em meu peito. Ela era a única que sempre estivera ao meu lado e que jamais me julgaria. Se ao menos eu pudesse achar onde ela fora enterrada, acho que poderia me desculpar e então liberar sua alma ou simplesmente me livrar de uma porcentagem da culpa, por mais pequena que fosse. Uma bruta freada me tirou de meus pensamentos bem a tempo de uma lágrima escorrer em meu rosto. 

Finalmente cheguei a Fênix, as portas estavam abertas, e parecia movimentado demais para o inicio do dia, cheguei mais perto do salão, onde tinha os shows noturnos, encontrando Trace e um engravatado de expressão dura conversando. Ele me viu e piscou para mim, eu apenas estiquei os lábios e ele então voltou a sua conversa. Observei mais um pouco me encostando-se ao balcão. 

- Não creio que se o chefe a visse prestando atenção em sua conversa ficaria contente. - a voz de Chad soou na parte de trás dos meus ouvidos, o que me fez pular de susto. 

Me virei para encará-lo. 

- Até onde eu me lembro deixei claro que queria você longe de mim. - falei de forma áspera. 

- Você me respeite garota ainda sou seu supervisor. Agora vá se trocar e colocar esse corpo a mostra.

Revirei os olhos, odiava quando Chad queria fazer o papel que não é dele. Mas me virei e fui para o camarim. Não queria uma cena agora cedo.

Abri a porta e vi uma menina sentada segurando a barriga, ela havia sido mandada para cá duas semanas depois que eu. Qual era mesmo seu nome? Milena? Mirela? Melane? Isso, Melane.

- Está tudo bem? – me aproximei.
.
- Sim estou bem.  – ela forçou um sorriso.

Uma das coisas boas que eu aprendi aqui dentro era saber quando alguém tivesse mentindo e de fato esta garota estava.

- Melane, certo?

Ela assentiu me olhando.

- O que realmente está acontecendo? Talvez eu possa te ajudar.

- Você? A queridinha de Trace? Corta essa Amberly.

Que droga! Por que vivem me lembrando sobre a adoração de Trace por mim?

- Tenho motivos para não lhe ajudar? – perguntei controlando-me.

- Não sei. Diga-me você.

- Vamos, deixe-me ajudar você.

- Não confio em você.
Meu corpo ficou pesado.  Era por isso que as outras garotas não falavam comigo? Por eu ser a protegida de Trace e não elas? Por que mesmo ele havia me escolhido?

Suspirei olhando fixamente em seus olhos, que eram negros e pareciam pegar fogo. Ela desviou o olhar pegando uma garrafa de vinho barato colando a boca no bico virando-a para cima, dando um gole em tanto. 


“não se pode ser boa com quem não quer ajuda” minha consciência tentava me confortar. 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Saindo Da Toca




O céu era sempre tão azul em Vegas que até parecia cena de filme hollywoodiano. Ainda era cedo, mas não o suficiente para ter visto Jake sair de casa e lhe dar um beijo de boa sorte.

Finalmente me livrei das cobertas e fui para o banheiro.  Olhei o espelho, que ultimamente parecia estar em um duelo pessoal contra mim, mas para minha surpresa tinha um bilhete. Sorri ao reconhecer a caligrafia.

“Torre Eiffel hoje minha dorminhoca, me encontre lá embaixo ás 19h30. Não se atrase.
Com amor, Jake”

Jake podia ter todos os defeitos do mundo, mas ainda sim era um homem maravilhoso e eu me sinto culpada por estar omitindo uma grande parte de mim, ele não merece ser enganado desse jeito! Mas eu não consigo reunir forças para lhe contar sobre quem é a verdadeira Amberly, sei que estou sendo egoísta e um pouco manipuladora, mas não quero e nem consigo ficar sozinha agora já que lembranças decidiram me importunar e pelo jeito vai demorar ate elas me deixarem em paz. Suspirei e me forcei a concentrar em escovar os dentes e tomar um banho frio naquela manhã de verão.

Depois de longos minutos resolvi que já era hora de sair do chuveiro, mas minha barriga compreendia que estava na hora de comer. Enrolei-me na toalha preta, que combinava com todo o resto do banheiro, com os pés descalços em direção a geladeira, ao abri-la vi o resto do almoço do dia anterior revirei os olhos, e pelo visto não foram apenas meus olhos que revirou, mas meu estômago também. Tirei a caixa de leite e para minha sorte encontrei uma barra de chocolate que havia faltando apenas dois quadradinhos, Jake provavelmente teria comprado pra mim, porém aquele chocólatra não agüentou e atacou dois quadradinhos. Ri. Peguei o resto da barra e fui para o quarto segurando com uma mão a toalha e com a outra o chocolate.

Joguei tudo em cima da cama trocando a toalha por um sutiã e uma calcinha vermelha e por cima calça jeans escura quase preta, uma blusa branca dos Beatles e uma sapatilha preta. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, passei base no rosto enquanto dava pequenos espaços para saborear o chocolate, e foi assim até eu terminar a maquiagem ou até o chocolate acabar.

Me olhei no espelho realmente feliz com o resultado e dentro de mim acendeu uma pontinha de esperança, uma esperança de que as coisas podiam mudar, de que o destino tinha reservado uma boa vida para mim, esperança de que eu ainda poderia viver sem medo, que eu ainda poderia ser livre e o melhor de tudo, de que eu ainda poderia ser mãe outra vez. Franzi o cenho mexendo rapidamente minha mão e a pousando na barriga, só de saber que já teve um bebezinho ali dentro e que poderia ser meu, mas do mesmo modo que veio a criança, tão de repente, do mesmo modo me foi tirado. Fechei os olhos me lembrando da dor que eu senti e do quanto aquilo me trouxe magoas e sofrimento que pude sentir as lágrimas se formarem ao conto dos olhos. Suspirei para recuperar o pouco de coragem, que eu ainda tinha, e então abri os olhos, me olhei mais uma vez enxugando as lágrimas insistentes que por sorte não borraram a maquiagem.

Fiz mais alguns ajustes como colocar um brinco e pulseiras. Pronto agora estou pronta. Peguei o celular, sim eu tinha um celular que era bloqueado para fazer ligações a não ser para Trace, e me assustei ao ver que já eram quase cinco horas, por quanto tempo eu fiquei no banho?
Dei mais uma espiada no espelho e logo sai.

*


Como era bom desfrutar da grande Las Vegas a noite quando você não é obrigada a satisfazer os prazeres dias pessoas, era bom estar do outro lado. Ver todas as luzes acesas a note em perfeita sintonia, como se tivessem ensaiado aquele momento por dias até encontrarem a perfeição e o barulho dos carros apresados para chegaram em casa, os murmurinhos dos casais apaixonados, o vento acariciando meu rosto, tudo aquilo me fazia falta, são coisas tão normais que eu raramente presenciava.

Eu estava parada em frente a Starbucks, decidi passar lá antes de seguir para a Torre Eiffel, entrei na fila surpresa e feliz por não estar lotado, como de costume.  Eu prestava atenção em tudo, desde o barulho do teclado da atendente até as pisadas fortes e duras de alguns homens. Rapidamente a mesma atendente sorridente me chamou.

- Boa noite senhorita, em que posso ajudar?

- Quero um Frappuccino Choco Chip, por favor – Falei olhando a moldura atrás dela.

- É a primeira vez que vem aqui em Vegas? -  Ela me perguntou exibindo um sorriso de boas vindas.

- Ah. – sorri sem graça por ter sido flagrada. – não, eu moro aqui

- Ah, me desculpe. – A mulher ficou um pouco envergonhada. – É que notei a senhorita olhando o local com bastante atenção.

- Não precisa se desculpar. – Sorri. - É que não saio muito de casa.

- Compreendo! Bom aqui está seu Frappuccino.

Mentira, ela não entendia nada do que passava. Mas não era hora para chateações.

Peguei o copo e saí andando, já estava na hora de me encontrar com Jake.  Andei mais depressa possível e cheguei num instante, o avistei  apoiando o corpo em uma perna impaciente. Ele estava tão bonito com uma blusa de malha justa preta, que realçava seus bíceps definidos, calça jeans e um tênis, que eu o havia dado de natal, com o cabelo bagunçado, mas sem perder o estilo.

Aproximei-me dele que quando me viu abriu o sorriso que eu tanto me prendia. Ele veio ao meu encontro a medida que eu me aproximava, quando ficamos bem próximos, de modo que eu sentia sua respiração na minha testa, fiquei a sua frente de modo que seus braços me envolviam com ternura e proteção.

- Amby!

- Jake!

Ele deu um passo para olhar meus olhos e ambos riram.

- Isso ficou meio cena de filme de romance – Jake começou.

Não pude conter o riso.

- Você é ridículo, posso ter meu momento de atriz? – falei fazendo uma pose.

- À vontade princesa, hoje a noite é nossa!

Joguei o cabelo para o lado, tentando disfarçar o rubor que aparecera em meu rosto, mas no instante que joguei e olhei por cima do ombro vi um homem sentado, que me chamou muita a atenção. Aquelas mãos me eram familiar. Jake colocou a mão em minha cintura enquanto prestava atenção no guia, que iria nos levar até lá em cima, e eu ainda olhava o homem de mãos familiares.

Ele tinha o corpo ereto, esfregava uma mão na outra e olhava para os lados, quando ele finalmente levantou o olhar pude ver que ele estava triste, o mesmo olhou pro céu, quando vi algo refletir a luz do luar, era uma lagrima. Eu sentia a necessidade de me soltar de Jake e ir até ele ajudá-lo, mas não poderia fazer isso. Olhei com mais atenção, quando nossos olhares se cruzaram então pude conhecê-lo.

Era Zach.

- Amberly, você ouviu o que ele falou? As regras?

- Ouvi claro. – falei desviando o olhar dos olhos verdes de Zach.

- Ótimo, vamos.

Sinto o toque da mão fria de Jake em torno de minha cintura, estremeço a esse toque. Ele me conduz a dar um passo, como em uma dança, forço-me a andar por mais que eu queira ficar aqui embaixo e ir em direção a Zach não posso.

Um suspiro de desanimo escapa por entre meus dentes.

Não demorou muito e logo estávamos vendo a silhueta das luzes ao longe e algumas próximas, mas ainda assim eram de uma distancia proporcional. Gosto do que vejo, é maravilhoso. A mão do meu namorado ainda está em minha cintura e parece que ele não tem a pretensão de tirá-la tão cedo, me sinto como um cachorro que usa coleira e não pode ir aonde quer.

De repente senti uma pontada em meu estômago, parece que ter visto aquele homem daquele jeito me deu um aperto. Mas o que eu poderia fazer? Decidi relaxar um pouco, fechei os olhos e inspirei o ar soltando-o vagarosamente, me lembrando das palavras de Jake " hoje a noite é nossa."

Continua. . . . 


sábado, 26 de julho de 2014

Mais uma missão





Minha mente estava vaga, eu pensava apenas em chegar em casa aliviar meus pés daqueles saltos malditos e daquela roupa que me fazia sentir nojenta, com a sensação de que eu era uma prisioneira daquilo tudo. O que de fato eu era.

Girei a chave do meu apartamento. Ouvi o barulho da tranca cedendo para que aquela pequena estrutura de madeira branca se abrisse. Tudo estava do jeito que eu havia deixado exceto uma carta na mesa principal. “Jake” pensei. Revirei os olhos. Suspirei e peguei a carta, que para contribuir mais um pouco com a minha infelicidade, era de Trace. Meu coração ficou agitado “não é possível que eu possa ter pelo menos um segundo de paz dentro de mim” senti uma ponta de raiva e arrependimento subir em meu rosto de forma que vi minhas bochechas coradas no espelho a minha frente.

Por que tinha de ser tudo tão exaustivo? Tudo tão cruel? Por que mesmo eu tinha concordado em deixar Trace controlar meu mundo?

- Amby? – sorri ao ouvi-lo gritar meu nome, não precisava nem me de muito esforço para reconhecer aquela voz tão familiar.

Olhei mais uma vez para o envelope em minhas mãos e segui em direção a voz que vinha do banheiro da suíte. Guardei com cautela a carta debaixo das minhas calcinhas onde saberia que jamais ninguém mexeria a não ser eu.



Às vezes só queria me mandar para qualquer outro lugar longe daqui, mas eu ainda tinha algo de bom aqui. Pelo incrível que pareça.

Fui para o banheiro de onde aquela voz tinha gritado meu apelido mais intimo. Sentei-me sob a tampa da privada, fazendo o mínimo de barulho possível, pois não queria desconcentrar Jake que parecia otimista hoje e até um pouco alegre.

- Jake? – falei rindo ao ver o pulo que deu.

- Amby!

- Alguma novidade que eu deva saber?

- Hum... Só uma!

- E qual seria? – falei pegando uma revista da Vogue para folhear.

- Consegui um emprego.

Pude sentir e saber de onde vinha aquela carinha alegre e o tom de voz carinhoso ao falar meu nome.

- Sério? Que incrível meu amor.

Me levantei empolgada abrindo a cortina do Box e lhe dando um abraço e um selinho, o mesmo me abraçou, mas se lembrou que estava todo molhado e se esquivou um pouco. Eu por minha vez permaneci da forma que eu estava não me importava com um pouco de água. Afinal a felicidade dele conta muita coisa para mim, deixa meu mundo menos infeliz.

- Vou te molhar.

Ele riu, um pouco desconfortável.

- Não me importo. – olhei em seu rosto. – estou realmente muito feliz por essa conquista meu amor.

- Eu já disse que você é incrível?

Seu corpo  estava mais relaxado, desconfiei ver até um sorriso sincero se formar em seus lábios finos.

- Bom só milhão de vezes, mas amo ouvir isso.

 Peguei seu rosto e o beijei, deixei alguns respingos encontrarem meu corpo quente, não me importava àquele breve momento era o mais perto de um conto de fadas que qualquer menina sonha em ter.

Jake vestiu-se e disse que iria comprar pipoca e pegar algum filme de comedia para assistir, eu apenas assenti e o vi fechar a porta.

Passei meus olhos cuidadosamente pelo cômodo, pensando em como eu poderia voltar para o passado onde as decisões mais difíceis eram escolher um vestido perfeito para o primeiro encontro ou ate mesmo escutar minha mãe gritar comigo por algum motivo frívolo. Minha cabeça voava para qualquer outro lugar a não ser.  ali.

E u só queria que as coisas fossem diferentes. Queria poder ter uma vida normal, queria poder ter a experiência de construir a minha família, conquistar algo real.

“Jake”. Sussurrei para mim mesma. Tinha me esquecido do quanto injusta eu sou com ele, mas tenho medo. Não devo me preocupar com isso, pelo menos não agora.

Eu sabia que eu era como uma granada que uma vez que é puxada sua trava causaria dor a todos ao seu redor, sabia também que eu não pertencia a mim mesma, eu fui comprada a mais ou menos uns sete anos atrás, estou presa a este inferno para sempre.

“A carta de Trace” uma voz inconstante ecoava em minha mente, não me deixando esquecer nem um minuto sequer de onde estou, a minha atual realidade e para quem eu trabalhava.

Abri a gaveta, fazendo uma baderna nos pedaços de pano que eu chamo de calcinha e finalmente encontrei o pequeno envelope branco.  O peguei  passando os olhos atentos por toda a extremidade a busca de uma dica do que me esperaria. Mas isso foi em vão não havia nada que denunciava especialidade daquele pedaço de papel que tanto me deixava receosa.

Finalmente a abri.

“Olá minha menina.

Seu namorado está cada vez mais insistente, logo vou me sentir na obrigação de da um jeito nele.

Mas bem, vamos ao que interessa! Quero um favor seu. Semana que vem está previsto para algumas estrangeiras chegarem e quero que você as tragam para nosso “ciclo de amizade”, ouvi dizer que elas são bem interessantes e nós dois sabemos que isso seria uma boa para os negócios.

E eu já resolvi o transporte que vai te pegar em casa e te deixar no aeroporto, é minha menina acho que é apenas isso desta vez.

Ah tem outra coisa, antes que eu esqueça, vá a cozinha agache de frente para a geladeira você irá achar outro envelope como este que está ao seu lado, contem ali dentro o seu pagamento de ontem e mais alguma coisa para você gastar com o que quiser, e a propósito, amanhã está liberada pode passear por ai e quem sabe, se quiser venha me ver.

Um beijo menina, Trace”

Uma coisa era verdade, Trace era orgulhoso e gostava de se impor, mas sabia muito bem como dar um presente a alguém. Passei os olhos mais uma vez por aqueles garranchos que dava para ser chamado de letra, pelo menos para Trace.

Deixei a carta de lado em cima da cama, ao lado do envelope, e fui para a cozinha fiz do jeitinho que Trace descreveu que eu fizesse e encontrei o envelope.  Não acreditara até agora que Trace veio aqui em casa e o pior, viu Jake, o que eles conversaram? O que será que Trace falou de mim? Jake não me contara nada por quê?

Peguei o envelope debaixo da geladeira e o abri, tinha quase cem pratas a mais. E como sabia ser generoso quando queria.

Voltei para meu quarto, guardei tanto a carta quando o dinheiro no lugar de sempre, na casa de boneca da minha mãe em um baú dourado e minúsculo que tinha lá dentro, era a única coisa que eu tinha dela a não ser a culpa de ter a matado. Mas não estou nem um pouco a fim de me lembrar dessa parte de mim, quem sabe em outro momento quando eu não puder mais esconder. Uma parte de mim tem medo desse dia e por sua vez a outra parte aguarda ansiosamente por este dia, porque será quando finalmente esta dor irá ser dividida com outra pessoa.

Coloquei uma boa quantidade de ar para dentro enquanto eu me esticava na cama, não estava em clima de filme Jake teria de me desculpar, eu precisava realmente descansar.  Rolei para o lado fechando os olhos e finalmente pegando no sono.

*******
CONTINUAAAAA

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ele



 Abri os olhos, ainda estava meio tonto por causa da bebedeira na noite anterior. Minha cabeça girava. Eu cobria os olhos diante os exuberantes e elegantes raios do sol que entrava sem permissão pela brecha da cortina, como vi que o sol não iria parar de insistir cedi a aquela guerra.

Sentei na cama esfregando os olhos e olhando toda a extensão do meu quarto, com aquelas poltronas e cômodas que teimavam se duplicar a medida que eu as encarava. Senti aquela sensação excitante de que logo sairia dali e exploraria um novo lugar, cultura e, claro, mulheres. Seria difícil não ter isso por algumas semanas, mas já tinha me resolvido iria viajar hoje.

Peguei minha roupa e fui para o banheiro, ainda meio tonto e cambaleando, olhei a figura que reluzia no espelho, e era quase assustador. Um homem de 28 anos, com a barba por fazer, olhos verdes que denunciavam o estado de cansaço, mas ainda continuava o mesmo Dustin de sempre, pensando em apenas uma coisa: MULHERES. Dei um sorrisinho malicioso para concluir e afirmar tal pensamento.

Tomei um banho rápido e gelado para terminar de acordar. Vesti-me pegando minha mala e descendo em direção a porta da sala, mas antes passei no quarto dos meus pais para ver se eles ainda estariam dormindo e sim lá estavam eles dormindo, sem desconfiar ou saber, de nada. Meu coração ficou apertado, mas seria bom fugir de casa por uns tempos.

Logo estava no aeroporto a caminho da minha nova vida, de curtição e descanso. Sem meus pais por perto para me dizer o que fazer. Eu estaria livre.
*
Joguei-me na cama macia e por um momento minha cabeça sibilou tão aguda que se eu não soubesse que aquilo era efeito da noite anterior teria achado que alguém assoviou no meu ouvido, fechei os olhos tentando me recordar da minha ultima noite com Megan, minha ex namorada a mulher que eu amei ao ponto de dar a minha vida por ela.

- Oi meu amor – falei vendo o sorriso se formar em seu rosto, era notável que ela gostava como isso soava.

- Oi príncipe – ela respondeu.

- Isso é para você – entreguei a ela o bouquet de tulipas rosa, era sua preferida.

- Obrigada meu amor – ela pegou com delicadeza e me deu um selinho – mas esqueci de alguma data comemorativa? – sua expressão agora estava curiosa e preocupada

- Não princesa, eu apenas as vi e lembrei-me de você

Ela sorriu, aquele sorriso que era de me fazer amolecer todo, aqueles olhos verdes olhando para mim como se eu fosse o centro do seu mundo, como se ela me amasse. Fomos para nossa casa, sim a gente morava junto, subimos fomos tomar banho juntos. Eu a amava e isso era fato, todo mundo sabia, dava para notar a felicidade em meu rosto, ela me fazia bem.

- Princesa vamos sair essa noite? – perguntei enrolando a toalha na altura da cintura.

- Amor não dá, essa noite terei que ficar com minha mãe no hospital.

- Sua mãe esta no hospital? O que ela tem? – perguntei preocupado e surpreso

- Esta bem, é só a asma que não a deixa em paz. Ela perdeu o ar, mas agora esta bem, apenas de observação

- Tudo bem Meg – sorri a pegando pela cintura achegando-a mim – eu te amo – sussurrei em seu ouvido e senti uma ponta de tensão da parte dela

- Eu também te amo amor.

Aquelas palavras me davam tal segurança que eu era capaz de depositar toda minha confiança em suas palavras. A ponto de ficar pendurado em uma corda se tudo dependesse daquilo, daquele momento, de nós.

- Já que você vai ficar com sua mãe vou passar a noite na casa dos meus pais, sabe como é né? Tem um tempo que não vejo minha velha e meu velho.

- Ta certo – seu sorriso era tão angelical, que não pude parar de olhá-la.

As vezes eu ficava assustado pelo o que sentia por Meg. Eu a venerava em todo momento, talvez tivesse encontrado nela uma chance de ser feliz, uma esperança de que minha vida não era apenas o trabalho e a faculdade, que ela era a melhor coisa que já me aconteceu.

Colocamos uma roupa e eu a deixei no hospital. Fui direto para a casa dos meus pais,entrei com cuidado pois queria fazer surpresa. Vi minha mãe cuidadosa na cozinha, como sempre, e meu pai a importunando atrás de comida, ri diante aquela cena que nunca mudara desde que eu era garotinho.

- Vocês não mudam né? – ri diante o pulo que a senhora Tess, minha mãe.

- Pode apostar que não. – meu pai falou e minha mãe revirou os olhos rindo.

As horas se passaram, conversamos, joguei xadrez e pôquer com meu pai, perdi duas vezes e ganhei uma vez no xadrez. Minha mãe já abria a boca de sono, o que já era de se esperar a essa hora, eles foram deitar e eu resolvi ver televisão. “estranho meu celular não tocou ate agora” pensei comigo mesmo, palpei os bolsos da bermuda e não tinha nada, me sentei franzindo o cenho.

- Não é possível que eu tenha o deixado em casa – revirei os olhos frustrado com a idéia de voltar em casa para pegar a droga do celular.

Entrei no carro e dirigi 15 km até nossa casa, abri a porta de vaga e a luz da cozinha estava acesa, que estranho eu tinha apagado... Só se Meg foi lá antes de sair, dei de ombros, e fui ate o banheiro onde provavelmente meu celular se encontrava. Fui sem hesitar na esperança achá-lo e ir dormir, mas quando entrei vi uma calcinha rosa jogada ali em cima. Eu a peguei devia ser a calcinha que ela deixou jogada quando tomamos banho, depois de passar pelo corredor e está de frente para a porta do nosso quarto, ouvi-a gemer, era ela. Aquele gemido era só ela que fazia. 
Entrei sem hesitar e pensando no pior, meus olhos não podiam estar vendo aquilo e minha mente não queria acreditar nem aceitar no que estava acontecendo. Megan estava com Tob meu melhor amigo, ela estava de quatro e ele penetrando nela. Ela olhou assustada pra mim. Pendi para frente encostando-me na ombreira da porta para me apoiar, senão teria sido um tombo em tanto.

- Dustin deixe-me explicar. – ela falou cambaleando desnudada e vinha em minha direção.

- Não precisa Megan, já entendi tudo – eu não podia olhar nos seus olhos, eu sentia vergonha por mim e por ela.

- Não, por favor – ela segurou meu braço

- O que você quer me falar? O que estava obvio? Que você estava me traindo com o imbecil do meu melhor amigo? Que mentiu pra mim? Que inventou uma desculpa para eu sair de casa? Que esses 3 anos não passou de uma mentira? Não, obrigada eu já sei disso tudo. – meus olhos estavam falando por si próprio, conforme meu mundo caía por água abaixo.

Ela tinha lágrimas formando nos olhos, mas não falou nada, apenas tapou os seios baixou a cabeça e começou a chorar. Eu me virei, saí andando chorando e pensando que eu havia sido usado esses anos todos.

Sentei-me no carro soquei o volante com toda minha força e encostei a cabeça no assento e ali me perdi em lágrimas que vinham se dó. Respirei fundo tentando controlar enfim dirigi ate o primeiro bar que encontrei, enchi a cara e foi ali que prometi a mim mesmo que nunca me entregaria a outra mulher na minha vida, que apenas as usaria e quando não servissem mais as descartaria.
*

Abri novamente os olhos, não gostava de me lembrar disso e muito menos de Megan. Levantei-me e fui andar pela cidade.

Saí em busca de novos ares, novas distrações. Andei por um tempo, vi belas moças, parte de mim ainda estava um pouco ligado com Megan porem outra só queria se divertir. Me sentei de costas a uma fonte onde as pessoas jogavam moedas na idéia de que seriam abençoadas com a realização de seus desejos a algum dia, que idéia fútil. Meus pensamentos eram ignorantes eu não acreditava mais em nada e muito menos no amor. Minhas mãos estavam cobrindo meu rosto eu podia sentir o ar quente da minha respiração vir contra minhas bochechas. Suspirei. Ergui a cabeça e pude notar que havia uma mulher linda ao meu lado, tinha uma boca perfeita, e de belos olhos brilhantes que não tinham foco. Decidi começar.

- O dia está tão estranho hoje né? – falei olhando para frente.

- Sim, e como está. – ela suspirou.

- Parece que as lembranças decidiram aparecer hoje – franzi a testa.

- Sei como é eles deveriam ficar nos lugares obscuros de onde não deveria ser permitido saírem.

- Nossa que profundo! Mas concordo com você – me virei para olhá-la melhor – Prazer Dustin – estendi a mão.

- Amberly – ela tocou minhas mãos, sua mão era tão macia e delicada. 



*********
Continua. . .  Realmente, epero que estejam gostando. L
Bjkoas

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ela



Às vezes nos deixamos levar pelos momentos, adrenalina, vontades. Mas o que não atentamos é para as conseqüências, o que pode vir a seguir.

E eu me ferrei com isso, apenas assinei aquela droga de contrato que falava que eu trabalharia para Trace e concordaria com ele em tudo, por um longo tempo, em outras palavras até eu morrer. Trace me bancava, me dava abrigo, presentes, mas nunca dava o braço a torcer e falava que eu era a “protegida” dele, e isso vale muito já que ele é o chefão por aqui.

E eu sabia que as coisas não seriam fáceis, depois de perder minha mãe e meu pai, só tinha eu e eu mesma. 
Às vezes queria me livrar disso tudo e ser apenas a Amberly que minha família conhece e não a quem ela se transformou. Aqui estava eu, naquele lugar podre mais uma vez, onde eu era negociada como um objeto, talvez no começo eu até gostasse disso,  transar a cada dia com um homem, a adrenalina de roubar coisas, no começo era até excitante viver essa experiência ilegal e nova já que eu sempre gostei de me arriscar, mas agora me arrependo amargamente. Eu só queria ter uma chance de escapar daqui.
- Amberly, vamos trabalhar um pouco – ouvi a voz de Chad soar a minha frente, eu ainda de cabeça baixa, fechei os olhos apertando-os o máximo que eu podia e suspirei – Você não me ouviu menina? Cada minuto eu gasto dinheiro. – ele em um passo estava ao meu lado e me puxando pelo braço, rapidamente minha cabeça se levantou em sua direção.

Eu o odiava, ele me tratava como um nada, como um lixo. Mas se eu fosse listar ele, seria o primeiro a querer ir pra cama comigo.

- Me largue, estou indo. – falei soltando meu braço de suas mãos nojentas e pisando em seu pé, com meu salto de 15 cm. – Ops desculpa – falei arqueando uma sobrancelha, deixando claro que eu não estava nem um pouco arrependida.

E funcionou, pois ele me largou e foi tatear o pé, voltando-se para mim com um olhar fulminante o qual eu encarei de canto de olho. Virei meus olhos para o homem a poucos metros de mim, o de hoje era um homem alto, moreno, de olhos negros e o corpo robusto vindo em minha direção.

- Olá Amberly! – ele sorriu me olhando de cima a baixo mordendo os lábios.

- Olá, você deve ser Phill – olhei em direção seu peito, onde tinha sua identificação.

- Sim – ele sorriu e pôs a mão em minha cintura me aproximando mais perto de si. – Vamos?

- Claro – forcei um sorriso, além do mais estou ali para satisfazê-lo e ele não tem nada a ver com meus problemas.

Sorri maliciosamente logo o puxando pela mão, o conduzindo até o andar de cima, em frente a porta eu sorri pra ele novamente mas desta vez de forma sexy e me encostando na porta, essa foi a minha deixa e ele entendeu muito bem isso. Phill agarrou a minha cintura desnudada enquanto eu tateava a maçaneta para abri-la. Senti suas mãos grandes percorrerem por minhas costas nuas me conduzindo para dentro do quarto onde ele me empurrou para a cama enquanto ele fechava a porta e se virava para me fitar.

- Cara você me excita de uma forma, desde quando te vi. – ele falou tirando sua calça e a cueca, deixando seu membro totalmente a mostra.

Ele estava se masturbando enquanto me olhava seminua. Ele fazia um breve intervalo entre olhar para mim e seu membro.

- Esse é meu trabalho – sorri o puxando para perto de mim.

Ele sem hesitar passou a mão por toda extremidade do meu corpo e eu arrepiei com seu toque, não demorou muito ele penetrou, eu rebolava inclinando a cabeça para trás e voltando a olhar para ele que sorria satisfeito. 
Depois de alguns minutos ele gozou retirando o pênis de dentro de mim, ele se deitou de vagar ao meu lado olhando pro teto e sorrindo.

- Obrigado – ele falou ofegante.

- Por nada, foi legal brincar com você – falei olhando pra ele.

Depois ele se levantou recolhendo as roupas dele, se vestindo e saiu do quarto. E mais uma vez eu estava ali sozinha, acabada de ser usada mais uma vez, até quando isso ia durar? Eu não sabia, mas era daquilo que eu sobrevivia. Levantei-me e fui pro banheiro tomar uma ducha deixando que a água leve pra longe, nem que seja questão de segundos, as minhas magoas, meus ressentimentos, e tudo o que me deixa mal. Logo terminei, peguei na gaveta uma blusa frente única e um short branco calcei minha sapatilha rosa prendi o cabelo em um coque. Me olhei no espelho e pela primeira vez no dia sorri, vendo que eu ainda tinha a Amberly antiga. Desci as escadas e me deparei com Chad que ainda parecia estar com vontade de me estrangular.

- Ah você está aí sua vagabunda – ele me prensou contra a parede e a escada. – Acho que você me deve desculpas.

- Pelo o que? Por ter deixado você me machucar? Não sem chance. – falei tentando empurrá-lo, mas foi em vão 
– me larga agora Chad ou então grito o Trace. –Meu tom de voz tinha saído mais alto do que pretendia e senti olhos nos rodear.

- E o que ele pode fazer? Só porque ele é o chefe?

- Não, porque eu sou a protegida dele, apenas ele tem permissão para fazer o que quiser comigo e você é apenas mais um de seus capangas. Você não vale nada. – falei cuspindo essas palavras para ele, enquanto eu tentava me soltar.

- Largue a garota Chad. – olhei por cima de seu ombro largo e suspirei aliviada - Desculpe Trace. Estava apenas dando uma prensa nela. – ele me largou na mesma hora, me olhando. Sai do meio dele, com um olhar triunfante indo para a porta da frente, dei uma ultima olhada e Trace tinha dado um tapa na cara de Chad, que apenas abaixou a cabeça tentando furando as mãos com as unhas de tanta raiva. Sai dali, eu precisava de ar e ver pessoas normais.

Fechei os olhos tentando me esquecer do que me prendia aquele lugar, os abri olhando pra frente enquanto me desencostava do poste. Fui para onde eu sempre ia quando queria pensar, para a “fonte dos desejos” ela tinha esse nome porque era ali onde as pessoas jogavam suas moedas e achavam que iam realizar seus desejos e sonhos, mas lamento informar que não é bem assim que acontece.

Vi passar por mim uma criança com sua mãe de mãos dadas e me lembrei de que ainda queria ser mãe, o que é impossível com essa vida. Elas se passaram e eu continuei olhando aquela menininha deslumbrada com tudo o que via. As segui com o olhar até ver um homem bem formoso, que tinha uma boca perfeita, um queixo bem marcado no rosto e uma bunda redondinha. Ele se sentou ao meu lado e eu fiz que não o tivesse visto.

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Continua princesas!!
Espero que gostem

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Inteiramente Sua




Será que alguém pode realmente mudar a outra para melhor? Mesmo quando as duas pessoas mais improváveis e opostas se encontra? 



Tudo muda quando o destino resolve dá uma rasteira na vida de Amberly (Amberly Lou). Uma mulher de 26 anos que se entrega todas as noites para um cara diferente e  contrabandeia pessoas para simplesmente revender ou se juntar e trabalhar para Trace, o maior dono das redes de prostíbulo e cassinos de Las Vegas, sim a grande Las Vegas conhecida pela cidade do pecado e dos jogos mais interessantes de toda o mundo.

E então tudo muda quando chega um turista, um argentino dono de um rosto angelical, mas que por trás esconde vários demônios. Um homem de 28 anos, com belos olhos verdes, e o corpo... o corpo mais sexy e desejado, capaz de fazer qualquer mulher se prostrar diante tal beleza.

Eles se encontram e aí mais peças do destino estão prestes a serem pregadas.



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Espero que gostem, estou amando escrever nessa história. 
Estou de volta meninas.