domingo, 22 de março de 2015

Perdendo o sentido





As pessoas falam que quando estamos apaixonados sentimos aquelas famosas “borboletas no estomago”, mas no meu caso acho que as borboletas vieram parar na garganta, pois eu não conseguia falar nada. Era como se parte de mim estivesse num transe inconsciente. Meus olhos estavam fixos no belo par de olhos castanhos do homem sedutor a minha frente.

- Amby? – a voz de Trace soou vindo do meu lado direito, o que me deu um susto e um pouco de raiva, pois não queria parar de olhá-lo.

- Sim. – eu disse mudando o foco para Trace parado ao meu lado sem entender o espanto.

- Você o conhece?

Eu não podia simplesmente falar a Trace que eu o conhecia e que poderia estar me sentindo, talvez, desconfortavelmente atraída por ele. Até mesmo porque eu sabendo como era ele e como funcionava tudo isso, Trace iria falar que eu não poderia fazer o programa com Dustin pelo fato de não criar laços afetivos.

- Não, claro que não. – menti franzindo a testa olhando diretamente em seus olhos acinzentados curiosos.

Pude sentir um olhar interrogativo vindo da direção do meu cliente ali parado a minha frente, mas não ousei desviar o olhar, não queria que minha pequena mentira falhasse.

- Ótimo, agora vá querida, cada minuto é dinheiro que eu perco. – Ele sorriu para mim.

- Certo. – estiquei os lábios.

Voltei o olhar para meu cliente charmoso e cheiroso.

- Vamos?

Ele apenas assentiu, parecia ele um tanto assustado. Também ficaria se descobrisse que eu era o que era. 
Uma decepção me tomou conta, mas a espantei, não queria que nada me atrapalhasse porque pela primeira 
vez eu ia fazer um sexo prazeroso, se bobear o melhor que já fiz.

Estiquei a mão para Dustin que por sua vez a pegou com gentileza demonstrando sutilmente um pouco de avareza.  Passamos por algumas pessoas, até por Melanie que estava no palco hoje rebolando e descendo até o chão. Olhei de soslaio para Dustin que mantinha o olhar permanente na minha nuca.

Finalmente chegamos aos corredores dos quartos, que estavam bem silenciosos. Estávamos andando pelo corredor, perto do numero que meu cliente tinha preso em sua regata, senti um movimento no meu braço, o que me fez girar e fitar seus olhos sedentos. Sorri maliciosamente, enquanto seus olhos se fixavam na minha boca.

- Você quer me beijar?

- Você não faz idéia.

Dei de ombros e ele entendeu a deixa. Seus lábios tocaram os meus. Todo meu corpo se energizou. Sua boca era macia e sua língua calmamente procurava a minha. Minhas mãos estavam envoltas em seu pescoço e as dele na minha cintura.

- Vamos para o quarto. – falei em meios aos beijos.

Quando fui me afastar para irmos ao quarto ele me pressionou mais forte contra seu corpo e apalpando minha bunda para me pegar no colo. Fiquei surpresa, nunca fizeram isso comigo, mas estou gostando. Abri a perna enroscando-a em sua cintura. Suas mãos grossas ainda estavam em minha bunda, mas seus lábios agora estavam em meu pescoço e a medida que nos aproximávamos do quarto ele foi intensificando seus beijos e mordiscando meu pescoço. “Que sensação gostosa!” exclamei comigo mesma.

Dustin empurrou a porta do quarto, que estava destrancada, fechando-a com o calcanhar. Eu ainda estava no seu colo, com meu corpo tensionado e gritando por ele. Foi quando ele me colocou gentilmente na cama, analisando toda a extensão do meu corpo. Aquilo me deixava com mais vontade que tudo. Mordi o lábio inferior, chamando sua atenção para minha boca, olhei em seus olhos e vi que ele estava do mesmo modo que eu.

Meu cliente não perdeu tempo e veio para cima de mim, senti seu corpo colar ao meu, meus sentidos se perderam nesse momento. Eu já não tinha mais noção de que eu estava trabalhando.

Ele tirou minha blusa enquanto seus lábios beijavam meu pescoço me deixando cada vez mais excitada, eu arranhava suas costas levemente por cima do pano fino de sua regata. Deixando-me sem blusa, ou melhor, top. Dustin desceu os beijos pelo meu colo, deixando um rastro molhado com sua língua, aquilo era de dar arrepio, com uma mão ele trilhava um caminho começando da minha barriga chegando até meu seio esquerdo, onde ele o agarrou, apertando-o, com tamanha precisão. Minha respiração já estava um tanto ritmada, minha barriga subia e descia a cada toque dele.  Um sorriso de pura malicia lhe escapou pelos lábios, sem delongas, meu cliente abocanhou o outro. Foi ai que fiquei louca de excitação por aquele homem.

Em todas as minhas transas quem controlava tudo era sempre eu, mas desta vez Dustin está controlando toda a situação, eu estou apenas o acompanhando, como se fosse uma dança em que nossos corpos se conectavam de forma exuberante.

Tudo o que eu conseguia me concentrar era naquele par de mãos vagando por todo meu corpo. A essa altura eu estava completamente nua e ele apenas de Box. Definitivamente aquele homem era um deus grego, pois suas feições eram perfeitas. Seu abdômen não era definido exageradamente, mas de forma sensual, seus braços eram musculosos o suficiente para me pegar com força.

Enquanto sua boca mais uma vez avançava por meu corpo, eu mantinha os olhos fechados para sentir cada 
movimento da sua língua sob a pele desnuda da minha barriga e descendo passando por minha virilha parando na minha vagina. Quanto mais ele a chupava mais eu me contorcia. Não demorou muito para que eu gozasse pela primeira vez.  Eu me contorcia, não conseguia mais conter o tesão por todo meu corpo. Eu precisava daquele homem dentro de mim imediatamente. Gemi o mais forte que pude, falando seu nome. Ele entendeu minha suplica e imediatamente lançou sua Box por cima de sua cabeça, finalmente me penetrando. 
Ele começou de vagar, e a cada estocada que ele me dava gemia baixo, depois ele foi aumentando a pressão e neste instante eu já estava gritando.

Não demorou muito para ele gozar, quando aconteceu ele deitou ao meu lado, passando a mão pela minha barriga suja com seu gozo.

- Vem, vamos limpar isso. – disse ele se levantando, totalmente e completamente nu, mas ele agia como se 
isso fosse normal. Eu ri dele. – De que você ta rindo?

- De você.

- De mim? – ele arqueou uma sobrancelha, virando para mim.

Eu ainda estava deitada na cama e ele a minha frente.

- Sim, o jeito como você está me tratando. É só algo novo para mim.

- E como eu deveria te tratar?

- Não sei – dei de ombros.

Ele riu.

- Agora venha baby, vamos tirar essa coisa da sua barriga. – ele me pegou no colo, como um casal quando 
acaba de se casar.

“Baby” meu coração acelerou ao ouvir aquele apelido. O que estava acontecendo comigo? Era só mais um cliente.

Ele me soltou com delicadeza a sua frente, para que eu abrisse a porta. Adentramos no pequeno banheiro da suíte, ele me virou para olhar em meus olhos.

- Você não precisa disso, sabe né? – ele disse com toda sinceridade.

- É mais complicado do que você imagina.

- Pode ser, mas de uma coisa tenho certeza. Você não é feliz, não com essa vida.

- Virou psicólogo agora? – me virei e entrei no chuveiro. O liguei e comecei a me molhar, enquanto ele só 
me olhava. Depois de alguns segundos o mesmo deu alguns passos e entrou no chuveiro junto comigo. – O que você  está fazendo aqui?

- Se não quiser é só falar não. – ele beijou meu pescoço, fechei os olhos e lembrei-me que ele era um cliente e aquilo não estava incluso.

- Para Dustin, isso não está incluso. - minha boca falava não, mas meu corpo implorava para que ele permanecesse ali.

Ele engoliu a seco e saiu, indo para o quarto.

Tudo o que eu queria era socar a parede. Por que ele está fazendo essa revira volta na minha vida? Que merda! Ele não tem permissão pra isso.

Já tenho problemas demais e tenho Jake, que querendo ou não, ainda é meu namorado. Respirei fundo e sai da ducha, enrolei-me na toalha e fui para o quarto.

O quarto estava vazio. Aquilo me deu um arrepio negativo, olhei para a cama e vi um pedaço de papel. Era uma pequena carta.

“ Amberly, você faz amor como ninguém, algo naquele sexo me viciou, talvez você tenha me dado algum tipo de droga, não sei, mas sei que irei querer mais.
Dustin.”

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Continuaaa.....

Um comentário:

  1. Acho irônico fato dela ter namorado e fazer o que faz.
    Cada dia me apaixono mais pela sua escrita. E a estória é tão cativante, tão madura. Estou in love e é com certeza uma das minhas favs.
    Beijos e posta logo :*

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