À
medida que a noite caía Jake sendo um perfeito cavalheiro tudo estava
agradável e romântico. Ele tinha a mão pousada, agora, em meu ombro apontando
as estrelas com a outra mão. Podia ouvir sua voz, mas ao mesmo tempo não o
compreendia. Na verdade só ouvi a seguinte frase: " nenhuma delas se
compara a você", Jake era fofo na maior parte do tempo.
*****
Já eram quase sete da manhã quando senti um vento forte beijar meu rosto, não foi muito, mas o suficiente para me despertar. Virei-me e vi Jake ainda adormecido, na verdade parecia um gatinho dormindo de tão fofo. Suspirei piscando os olhos algumas vezes antes de levantar. Arrastei-me ate o banheiro indo direto para o chuveiro, meu corpo se sentiu desconfortável com o toque gelado da água fazendo o mesmo ter um calafrio involuntariamente.
Não
demorou muito para eu despertar e sair do banheiro, eu ja estava enrolada na
toalha de frente para a cômoda, quando senti uma pressão na parte de trás do
meu corpo, tinha um par de mãos envoltas á minha cintura e o cheiro de loção de
barbear foi de encontro com meu nariz. Não me preocupei, pois sabia quem era.
- Preciso dormir aqui mais vezes. - sua voz falhada e sexy.
- Ah
é e por quê? - me virei para ele.
-
Voltar para o quarto e ver você desse jeito, - ele me olhou de cima a baixo-
realmente vale a pena.
Meus
lábios se curvaram formando um sorriso malicioso, o que provavelmente despertou
mais abruptamente sua atenção em mim. O espaço que nos separava já não existia
mais, seu corpo estava rígido sob o meu eu estava respirando o mesmo ar de
Jake. Nossos olhos se encontraram por tempo suficiente para eu entender sua
mensagem, que mais parecia um código. Suas mãos passavam por minhas
costas, enquanto uma subia parando em minha nuca a outra tomava o sentido oposto
parando exatamente um palmo da minha bunda. Pude sentir uma energia subir em
minha espinha. Suspirei.
-
Jake!? - minha voz falhara. - Preciso ir!
- Fica
mais um pouco.
- Não
posso, tenho que trabalhar.
- Eu te
levo depois Amby.
- NÃO!
- minha voz soou mais nervosa que eu desejava. - quero dizer, não vou te incomodar
por algo que posso fazer eu mesma.
Sem
mais delongas eu me virei, mas o senti segurar meu cotovelo e me girar.
Lançando um beijo demorado em meus lábios.
- Agora
sim, bom trabalho amor.
Sorri e
sai.
A rua
estava bem movimentada, mas não demorou muito e peguei o ônibus. Me acomodei
relaxando meus músculos ainda energizados e joguei a cabeça para trás, foi
quando meus pensamentos vieram sem ao menos me pedir licença, "NÃO É JUSTO
COM JAKE" era só isso que me vinha, eu sabia que não era, mas não ter Jake
significa não ter mais nada e muito menos uma idéia de família. Depois da morte
da minha mãe eu me achei perdida dentro de mim mesma, e pior eu estava com um
vazio horrível em meu peito. Ela era a única que sempre estivera ao meu lado e
que jamais me julgaria. Se ao menos eu pudesse achar onde ela fora enterrada,
acho que poderia me desculpar e então liberar sua alma ou simplesmente me
livrar de uma porcentagem da culpa, por mais pequena que fosse. Uma bruta
freada me tirou de meus pensamentos bem a tempo de uma lágrima escorrer em meu
rosto.
Finalmente
cheguei a Fênix, as portas estavam abertas, e parecia movimentado demais para o
inicio do dia, cheguei mais perto do salão, onde tinha os shows noturnos,
encontrando Trace e um engravatado de expressão dura conversando. Ele me viu e
piscou para mim, eu apenas estiquei os lábios e ele então voltou a sua
conversa. Observei mais um pouco me encostando-se ao balcão.
- Não
creio que se o chefe a visse prestando atenção em sua conversa ficaria
contente. - a voz de Chad soou na parte de trás dos meus ouvidos, o que me fez
pular de susto.
Me
virei para encará-lo.
- Até
onde eu me lembro deixei claro que queria você longe de mim. - falei de forma áspera.
- Você
me respeite garota ainda sou seu supervisor. Agora vá se trocar e colocar esse
corpo a mostra.
Revirei
os olhos, odiava quando Chad queria fazer o papel que não é dele. Mas me virei
e fui para o camarim. Não queria uma cena agora cedo.
Abri a
porta e vi uma menina sentada segurando a barriga, ela havia sido mandada para
cá duas semanas depois que eu. Qual era mesmo seu nome? Milena? Mirela? Melane?
Isso, Melane.
- Está
tudo bem? – me aproximei.
.
- Sim
estou bem. – ela forçou um sorriso.
Uma das
coisas boas que eu aprendi aqui dentro era saber quando alguém tivesse mentindo
e de fato esta garota estava.
- Melane,
certo?
Ela
assentiu me olhando.
- O que
realmente está acontecendo? Talvez eu possa te ajudar.
- Você?
A queridinha de Trace? Corta essa Amberly.
Que
droga! Por que vivem me lembrando sobre a adoração de Trace por mim?
- Tenho
motivos para não lhe ajudar? – perguntei controlando-me.
- Não
sei. Diga-me você.
-
Vamos, deixe-me ajudar você.
- Não
confio em você.
Meu corpo
ficou pesado. Era por isso que as outras
garotas não falavam comigo? Por eu ser a protegida de Trace e não elas? Por que
mesmo ele havia me escolhido?
Suspirei
olhando fixamente em seus olhos, que eram negros e pareciam pegar fogo. Ela
desviou o olhar pegando uma garrafa de vinho barato colando a boca no bico
virando-a para cima, dando um gole em tanto.
“não se
pode ser boa com quem não quer ajuda” minha consciência tentava me confortar.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHeeeeeey baby.
ResponderExcluirAcho q palavras n conseguem expressar perfeitamente o quanto eu amo essa fic!!! Já disse, vou repetir e nunca cansar de dizer que eu amo o jeito q vc escreve ela... É perfeito!! O mistério q ronda sobre a Amby, sobre o por quê dela ser a protegida do Trace, cara, isso é demais. Ótimo capítulo, e lá vai eu dizer a minha frase clichê... Quero mais, tipo, pra ontem!!!
Ah, preciso saber mais sobre esse Zach tbm! Sem or, eu preciso msm q vc poste mais, amora ❤️ Kkkk
Enfim, mtos beijos e abraços ❤️
Até mais!
Nossa,sua fic está muito boa mesmo.É uma história realmente diferente de todas,fala sobre uma coisa que muitas vezes tentamos evitar e não compreendemos.Esta de parabéns!Estou ansiosa para o próximo capitulo,posta logo!Beijoos!!
ResponderExcluir